DIA DAS CRIANÇAS


A melhor maneira de tornar as crianças boas, é torná-las felizes.

Educai as crianças, para que não seja necessário punir os adultos.

As crianças acham tudo em nada, os homens não acham nada em tudo.

As crianças têm mais necessidade de modelos do que de críticas.

O que se faz agora com as crianças é o que elas farão depois com a sociedade.

A criança é a consagração da vida.

Construa Quadras e Campos de futebol, e não será necessário contruir presídios


Governantes ...invista na inclusão social através do esporte
Dessa forma, iremos permitir que a juventude das áreas mais carentes fique longe das drogas e tenha uma ocupação. É o Esporte como forma de inclusão social"

Diante de um país em que os problemas sociais são a principal preocupação dos governantes, temos o dever moral e ético de exercermos a Responsabilidade Social, principalmente no que tange à democratização do acesso ao esporte e ao lazer para a infância e a adolescência. Tais conceitos estão presentes no Art. 227 da Constituição Federal, no Art. 4º do Estatuto da Criança e do Adolescente, e na Carta dos Direitos da Criança no Esporte - Avignone. Reconhecido sua importância, esse tema é constante nas discussões entre o Governo Federal e organismos internacionais como a Unesco, Unicef e ONU.
É sabido que as classes menos favorecidas sempre viram o esporte como uma forma de galgar posições na vida, de superar barreiras da ascensão social e de, potencialmente, obter sucesso. Comprovadamente, na atualidade, sabemos que é muito mais que isso... Fazer e produzir esporte é gerar mais saúde, mais equilíbrio, e é principalmente um importante instrumento para capacitar pessoas a ingressarem construtivamente na sociedade.
A Ação Projetos Esportivos Sociais dá oportunidade para ampliarmos o atendimento da demanda sócio-esportiva do país, firmando novas parcerias com os mais diversos setores, que engajados visam contribuir efetivamente para o combate das mazelas de nossa sociedade, e que conseqüentemente irão agregar valores inestimáveis às suas marcas, e inerentes a essa Ação, como: Responsabilidade Social, Sustentabilidade e Governança.


OS PAPÉIS SOCIAIS E PEDAGÓGICOS DO ESPORTE

Os meios de comunicação têm dado grande destaque aos papéis sociais e
pedagógicos do esporte. Algumas frases são rotineiramente repetidas, tanto que
estão se tornando lugares-comuns no imaginário popular: “o esporte é um
mecanismo de inclusão social”, “criança que pratica esporte fica longe das drogas”,
“o esporte previne o crime e a violência”. A maciça divulgação de expressões como
as citadas contribui para que a opinião pública perceba no esporte algo mais que o
obsoleto modelo da aptidão física desvinculada da produção intelectual, mas, por
outro lado, dissemina uma equivocada generalização acerca do esporte como
antídoto natural ou mágico contra o crime, a violência, a exclusão e outras mazelas
sociais.
O esporte, por si só, não assegura automaticamente a minimização ou a
eliminação de graves problemas que assolam a sociedade contemporânea. O
fenômeno esportivo pode contribuir significativamente para a educação de crianças e
adolescentes em situação de risco social, desde que bem orientado e idealizado
segundo princípios das pedagogias críticas.
Se o esporte significasse aberta oposição às drogas o doping não existiria,
tampouco atletas seriam flagrados consumindo substâncias ilegais. A ligação entre
esporte e drogas extrapola os limites das competições de alto nível, podendo se
estender às vivências esportivas desinteressadas. Em outras palavras: o traficante e
o toxicômano podem estar jogando golzinho ou montando a rede de vôlei em frente
às nossas casas.
O esporte, idealizado como instrumento de promoção de saúde e combate às
drogas, inclui obrigatoriamente abordagens pedagógicas sobre as temáticas em
questão junto ao público infanto-juvenil, em escolas, clubes, academias e projetos
sociais. Podemos dizer então que o esporte não afasta automaticamente a criança
das drogas (ou do crime), mas que reflexões conduzidas pelo professor de Educação
Física junto aos seus alunos podem demonstrar, a partir dos princípios nobres do
esporte, a necessidade de se vincular as práticas esportivas a estilos de vida
saudáveis e comportamentos fundamentados na ética e na educação.
É claro que nossas crianças podem se beneficiar do esporte, mas para isso o
professor deve discutir com seus alunos os valores sociais e éticos das modalidades
praticadas, contextualizando-os na realidade social mais ampla e apontando as
inúmeras circunstâncias esportivas que representam simbolicamente o mundo em
que vivemos. É justamente a partir dos simbolismos que podemos perceber o
trabalho coletivo em uma equipe de vôlei como representação da estrutura de um
movimento social ou de uma empresa, ou a exclusão pela estatura no basquete como
representação da exclusão social pelo credo ou etnia.
Imagens televisivas nos mostram, cotidianamente, agressões entre atletas e
conflitos entre torcedores. Aqueles que estabelecem conexões entre o esporte de
rendimento e a violência não estão enganados, pois imagens não mentem. As raízes
dos conflitos existentes dentro de campos e quadras estão na competitividade
desmedida, aquela que dispensa valores socialmente recomendáveis para privilegiar
o resultado esportivo final. Esta competitividade distorcida, no esporte de alto nível,representa os mecanismos do mundo capitalista e individualista, no qual os fins
justificam os meios. Na verdade, equipes esportivas e atletas olímpicos podem muito
bem conquistar títulos e medalhas relevantes, sem abrir mão da ética, da educação e
do combate à violência. Isso depende sobretudo das formações humana e acadêmica
de técnicos e dirigentes esportivos, que por vezes significam gotas d’água na terra
árida do amadorismo e da abnegação.
A concepção de lazer fundamentada exclusivamente no esporte e o mito do
esporte como mecanismo de inclusão social são temas que particularmente me
incomodam. A mídia incauta e os governos caolhos freqüentemente destacam as
políticas públicas de lazer fundamentadas nas escolinhas de iniciação esportiva. Ora,
o esporte faz parte do lazer, mas esses termos não são sinônimos. Um autor de
destaque nos estudos do lazer, Bramante, já fez referência ao equívoco da
monocultura do esporte nas políticas de lazer, enquanto outro, Marcellino, categoriza
os conteúdos culturais do lazer em seis grupos de interesses: físico-esportivos,
sociais, turísticos, artísticos, intelectuais e manuais. Faz-se necessário oferecer lazer gratuito e de qualidade para a população, segundo uma diversificação de conteúdos culturais que, associada a concepções pedagógicas críticas, promovam a educação pelo e para o lazer.
O mito do esporte como mecanismo de inclusão social não se sustenta nas
modalidades praticadas em alto nível, por razões óbvias: pouquíssimos chegam ao
estrelato esportivo. Inúmeros garotos são reprovados nas seletivas, as populares
“peneiras”, das equipes de vôlei e futebol, por exemplo. O esporte de rendimento
guarda possibilidades educativas magníficas para os que passam pelo estreito funil
das seletivas, mas para a grande massa de excluídos por nível técnico ou aptidão
física o mal já está consumado, isto é, a exclusão já está oficializada. Devo dizer, no entanto, que grande parte da opinião pública já distingue a incompatibilidade
existente entre o esporte de alto nível e a inclusão social.
A problemática do esporte de inclusão reside nas vivências esportivas dos
projetos sociais, das escolas e de ambientes informais. Apenas “estar junto” não
significa incluir! Algumas crianças e adolescentes permanecem de “corpo presente”
em quadras e campos, pois não recebem a bola do jogo, geralmente monopolizada
pelos “melhores”. Os professores, ao não intervirem nesse contexto da prática
esportiva, perpetuam a exclusão daqueles que ali estão mas não participam de fato.
O esporte como mecanismo de inclusão deve assegurar a efetiva participação
de todos, e as intervenções de professores capacitados são fundamentais para o
êxito dessa proposta. Estes mesmos professores devem promover com os alunos
reflexões subsidiadas pelas vivências esportivas, objetivando a formação de pessoas
críticas e capazes de transformar a sociedade rumo à inclusão.
Sabe-se que o fenômeno esportivo reflete a sociedade, com suas virtudes e
pecados. O esporte, como elemento constitutivo da realidade social, pode levar à
alienação ou à emancipação do ser humano, dependendo das diretrizes que dermos
(ou não dermos) a ele.
* Guillermo de Ávila Gonçalves é Mestre em Educação Física pela Universidade
Federal de Minas Gerais (UFMG), docente da Universidade Católica de Goiás e do
CEFET-GO.

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